"Os lactantes, filhos de mães deprimidas, podem se tornar emocionalmente carentes em razão da falta de tonalidade afetiva na voz da mãe." (Katharina Von Guericke de Magdeburgo e Jorg Bock, pesquisador na mesma universidade).
O ato de amamentar envolve sentimentos de mãe e bebê que superam a razão primeira que é saciar a fome. Nesse momento tanto a mãe quanto esse bebê estão vivenciando amor, carinho, afeto, olho no olho que são tão importantes para criação de vínculo entre eles.
"Nos anos 40, René Spitz, do Instituto Paanalitico de Nova York, estudou centenas de bebês nascidos num orfanato. Ele observou que um em cada dez manifestava atitudes de retraimento em relação ao meio. Além disso, constatou que esses bebês tinham um atraso no desenvolvimento psíquico. Descobriu que lhes faltavam, além dos estímulos intelectuais, principalmente emocional."
"Os cientistas de Leipzig observaram que crianças aprendem de forma mais rápida e efetiva uma nova palavra, como bola, por exemplo, se a pessoa referência estiver ao seu lado e disser com entusiasmo: " Olha, isso é uma bola!". Em geral, a criança tenta entrar em contato com um adulto por meio do objeto, investido de emoção - ao lhe entregar a bola por exemplo. O outro lado da medalha é trágico: pessoas sem parceiros, com poucos relacionamentos sociais e fortes tendências depressivas, muitas vezes não consegue oferecer uma base emocional estável aos filhos. Há registro de casos de pessoas que deixam tv ou rádio ligado o dia inteiro no ambiente onde ficam os bebês, mas pouco falam com eles. Em geral, essas crianças chegam aos três anos sem pronunciar uma palavra, apesar de serem borbardeados o tempo todo pela língua. Sem relação emocional elas não aprendem!"
O fato de os pais estarem na vida dos filhos não quer dizer que são presentes na vida deles. Os bebês precisam de pais reais que estarão ao lado deles para acompanhar de perto seu desenvolvimento e vivenciar momentos afetivos tão importantes para a vida futura deles!
Priscila Camacho
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