A comunicação é um ato muito importante à vida humana e permite a socialização e sobrevivência em
diversos contextos. A primeira forma de comunicação do bebê é o choro. Logo no primeiro ano de vida, o bebê inicia as primeiras vocalizações e assim vai crescendo e se tornando um comunicador. É importante lembrar que a comunicação não se restringe única e exclusivamente à fala. Ela também é feita através de gestos, expressões corporais e faciais tão importantes quanto as palavras. Os primeiros fonemas da língua são aqueles produzidos com os lábios, como /b/ /m/ /p/, aproximadamente aos 18 meses. Logo depois surgem /n/ /t/ /l/ , e, em seguida, /d/ /c/ /f/ /s/ e /g/ /v/ /z/ /R/ /ch/ /j/, entre 2 e 3 anos. Só mais tarde observamos a produção adequada de alguns fonemas como /lh/ /nh/ e /r/ em diferentes posições na palavra, pois a combinação destes fonemas nas sílabas podem ser complicadores.
Exemplo: A criança consegue falar rato, mas não consegue pronunciar aranha e prato.
Idade para aquisição de fonemas:
- 10 - 14 meses: iniciam-se as primeiras palavras;
- 18 meses: o bebê já possui um vocabulário de 10 - 20 palavras;
- 2 anos: poderá atingir até 200 palavras;
- 2 anos e meio: iniciam-se os usos de frases simples;
- 3 anos: a criança já consegue compreender mais facilmente as ordens dadas por adultos e já faz uso de novas palavras:
- 4 anos: Já possui maturidade para pronunciar adequadamente os fonemas da língua.
Fatores que influenciam o desenvolvimento da aquisição dos fonemas:
- Orgânicos: má-oclusão dentária, alterações congênitas, paralisia facial, respiração oral, perdas auditivas...
- Funcionais: uso prolongado de bicos (chupeta e mamadeira), dificuldades emocionais, articulação inadequada...
Como ajudar?
Crianças até os 5 anos ainda pode falar errado pois está no amadurecimento do desenvolvimento da
linguagem. Nessa idade as crianças também costumam gaguejar sem que sejam considerados gagos. A
linguagem passa a representar seus pensamentos e elas estão aprendendo a organizar seus discursos e por isso gaguejam. Por isso, não brigue com seu filho e nem ache que ele faz propositalmente.
5 dicas sobre como agir nestas situações:
- Incentive a substituição de bicos (chupeta e mamadeira) por copos;
- Procure o serviço de odontologia para avaliação da dentição e oclusão (mordida).
- Evite corrigi-lo e chamar sua atenção aos erros. Apenas peça para repetir caso realmente não entenda o que ele disse.
- Dê o modelo correto, sempre! Não repita as palavras da forma errada ainda que por brincadeira. Exemplo: “Quer pepeta?” “Olha o cacholinho!”
- Evite reforçar a maneira como ele fala dizendo que acha “bonitinho!”. Nossos pequenos fazem de tudo para agradar sua família e dessa forma continuarão falando errado porque sabem que os pais gostam.
Havendo persistência das dificuldades procure o auxilio de um especialista, a fonoaudióloga. Ela irá
auxiliar na identificação das alterações de linguagem, fará as orientações e trabalho direcionado para
melhora de seu filho.
Texto de:
Nathalya Herzer Reis
Fonoaudióloga Escolar
Psicopedagoga
Especialista em Neurociências com Ênfase
em Reabilitação e Aprendizagem
CRFa: 13786-RJ
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