sexta-feira, 27 de julho de 2018

Benefícios da Meditação nas Escolas!


Recentemente na revista Ela (O Globo, 1 Julho 2018), foi publicada uma matéria muito interessante chamada: Disciplina Zen, nesta reportagem foram abordados os benefícios da prática da meditação nas escolas. 
A instrutora de práticas contemplativas e mindfulness Bruna Andrade, compartilhou suas experiências positivas e transformadoras através da meditação. Após ter desenvolvido um transtorno de ansiedade por uma rotina intensa de trabalho que tinha e também pela necessidade de estar mais presente com sua família, ela abriu mão da carreira e com a prática meditativa ela viu sua vida se transformar de forma muito significativa.
Atualmente ela realiza um trabalho voluntário no colégio Pedro I, na Barra da Tijuca e afirma que a prática meditativa ajuda na ansiedade, no tratamento de depressão, no estresse e com isso o equilíbrio e a paz passam a fazer parte da vida dos alunos.
Existem diversos tipos de meditações, mas os benefícios que ela proporciona podem ser conquistados com técnicas simples como por exemplo a meditação sem esforço. 

Como realizar a meditação sem esforço:

  1. Encontre um local calmo, onde saiba que não será incomodado;
  2. Sente-se de forma confortável, mantendo a coluna vertebral ereta;
  3. Feche os olhos e esteja ali, no momento presente, sem julgamentos, sem controlar a respiração e ou pensamentos;
  4. Procure não pensar em nada, caso os pensamentos venham, simplesmente os observe e deixe-os ir;
  5. Procure praticar meditação todos os dias por pelo menos 15 minutos, casos no início isso seja difícil, comece com menos tempo e vá aumentando o tempo gradativamente. 
Obs.: Esta técnica precisa ser adaptada para as crianças de forma a tornar esse momento mais lúdico fazendo com que ela tenha interesse em praticá-la.

Dicas de meditações guiadas:

Sabemos que nossas vidas cada vez mais nos traz preocupações, estresses, falta de tempo, e para as crianças não é diferente, já que elas também fazem parte dessa rotina e sofrem com toda essas demandas, por isso é tão importante a prática da meditação nas escolas e os benefícios são observados em sala de aula e na postura do aluno de forma geral.


Dez benefícios da meditação nas escolas:

  1. Acalma e tranquiliza;
  2. Aumenta a capacidade de concentração;
  3. Estimula o autocontrole e o autoconhecimento;
  4. Aumento da empatia 
  5. Maior desenvolvimento cognitivo
  6. Aumenta as habilidades sociais;
  7. Melhora o humor;
  8. diminuição do estresse;
  9. Diminui o cansaço;
  10. melhora a autoestima 
Desde o ano de 2000 a Escola PPEI oferece aos seus alunos aulas regulares de Yoga e meditação e percebe que todos esses benefícios são conquistados por seus alunos ao longo do ano. Eles demonstram interesse pelas aulas e muitos deles querem trazer a prática para as suas casas. 
Um pouquinho desse momento tão gostoso com os alunos do ensino fundamental da PPEI. 
Nesse vídeo a Professora de Hatha Yoga, meditação e Reikiana Helaine Vivas está praticando Bhramari Pranayma (respiração da Abelha) uma técnica para liberar a raiva, frustração e ansiedade!



Meditação é a jornada do som para o silêncio, do
movimento para a calmaria, de uma identidade
limitada para um espaço sem limites.
Sri Sri Ravi Shankar
Espero que tenham gostado... Experimentem esse momento de meditação com seus filhos, tenho certeza de que será maravilhoso. Depois postem fotos e videos para que possamos acompanhar o quanto foi legal praticar a meditação com eles!!!

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Namoro ou Amizade?


O tema é complexo, mas vamos lá. Por volta dos três anos de idade a criança começa imitar o que elas vivenciam em família, no grupo de amizades, na escola e na sociedade, esse comportamento é comum e esperado já que nessa fase a criança já é capaz de formar frases e demonstrar seus sentimentos de forma mais efetiva.



Alguns pais se assustam quando seu filho simplesmente diz que a amiga é sua namorada, que vai casar com ela ou ainda que ela é sua vida (frase que meu filho Gael disse ao se referir a uma amiga da turma) rsrs.


E o que fazer em uma situação dessas? Devemos incentivar ou reprimir?

Na verdade cada família tem sua forma de educar, porem, devemos compreender alguns pontos que abrangem esse contexto.


Como já havia dito, as crianças representam as experiências que vivem no meio social e por isso é super natural a verbalização sobre a questão do namoro. As crianças não entendem o namoro da mesma forma que os adultos, elas simplesmente nomeiam como seus namorados aquela amiguinha ou amiguinho pelo qual tenham mais afinidades naquele momento. Para criança ser namorado de algum amiguinho é simplesmente gostar de estar perto, de abraçar e de brincar por exemplo. 


Acredito que podemos agir da forma mais natural possível sem incentivar uma desconstrução do que eles entendem como namoro para a forma que nós adultos entendemos.



Cada fase do desenvolvimento da criança é importantíssima, e essa etapa da descoberta do amigo é linda. 

Essa questão do namoro também passa pela cultura na qual a criança está inserida. Tanto na sociedade quanto no contexto familiar. Por exemplo, no livro "Crianças Francesas não fazem manha" a autora diz que na França os pais respeitam esses amores infantis e entendem a situação como um "pequeno romance" isso ajuda no caso da necessidade de separação dos pequenos rsrsr, se eles precisam mudar de escola e ficam com dor de cotovelo esse sentimento é entendido com real.

Por aqui, acreditamos que cada criança é um ser, com isso, perceber que alguns estímulos são maléficos é muito importante. Estou falando do cuidado com a erotização e abordagens precoces. Em nossa TV, nos vídeos de internet pelo celular e até mesmo nas ruas é comum ver casais se beijando e até exibindo carícias mais intimas. Mais uma vez é o contexto da cultura presente. Não imagino as crianças árabes ou asiáticas sendo expostas dessa maneira. De qualquer forma, proteja ele(a) dessa exposição. Também use sua intuição e observe o seu filho(a), caso perceba algum comportamento inapropriado para idade é importante deixar claro para ele(a) que ainda não é o momento para isso.

Outra dica é, perguntar sempre o que ele acredita ser o namoro ou o que significa para ele o que acabou de falar, isso é muito importante. Lembro de uma história em que uma filha perguntou para mãe o que era "virgem". A mãe muito embaraçada fez uma longa explicação sobre o assunto e no fim a criança perguntou, então o que é "Extravirgem" se referindo aos dois azeites que estavam na mesa. É provável que ao perguntar sobre o que significa o namoro para seu filho(a) a resposta será do tipo "É comer o lanche do lado um do outro" ou "é brincar junto".

Como disse, as crianças são ótimas observadoras, nessa fase elas percebem rapidamente se o assunto é tratado como tabu ou de forma natural. Caso haja uma briga sobre o assunto, dependendo da personalidade, a criança poderá reprimir o sentimento ou querer confrontá-lo. Tanto para os pais quanto para as crianças é importante incentivar o diálogo, assim a criança sentirá que poderá sempre expor seus sentimentos o que acaba sendo um grande aliado na educação.

Temos que enxergar a criança e todo o universo que a rodeia com os mesmos olhos que eles enxergam, tentando ver tudo de forma mais leve e retirando qualquer maldade que a fase adulta trás consigo. Vamos permitir que elas possam vivenciar experiências próprias de cada idade sempre orientando para que se tornem cidadãos que respeitam o próximo!

    



quarta-feira, 23 de maio de 2018

Culpa Materna Para quê?



É comum se ouvir que quando nasce um bebê, nasce uma mãe e juntinho desse momento nasce a culpa materna, mas porquê isso acontece? 




A sociedade é muito cruel com as mães. Nós sofremos pressão desde o momento em que nos descobrimos grávidas, neste mesmo instante todas as pessoas viram psicólogas, médicas, videntes entre outras tantas especialidades e se acham no direito de dar palpites sobre as suas decisões e opiniões, sem ao menos se preocuparem com os seus sentimentos. Sem contar que é a partir desse momento que mulher deixa de ser quem é para se tornar a mãe do bebê que esta esperando, e a barriga? Essa se torna pública é claro rsrsrs todos se acham no direito de tocá-la sem ao menos perguntar se pode...

Com todo esse senário qual mãe não se sentiria culpada por tomar certas decisões ou por simplesmente não seguir os padrões esperados pela família, amigos, parentes e pela própria sociedade em geral.


Com o tempo nós deixamos de escultar nossos instintos e de confiar neles, pois sempre tem alguém que acha que sabe mais que você e te dirá como agir. Acreditem, nós sabemos o que é melhor para nós e para nossos bebês. Não digo que não devemos estudar e sempre nos embasar em estudos sérios, mas junto a isso devemos sempre escutar o nosso coração.                             


Quando o bebê nasce, a culpa nasce junto, sempre iremos nos perguntar se estamos escolhendo as melhores opções para nós e para os nossos filhos. Será que dou colo, ou deixo meu bebê "aprendendo a ficar sozinho"? Será que irei deixá-lo mal acostumado por pegá-lo no colo? Amamento exclusivamente ao seio ou dou mamadeira para que ele durma a noite toda? Uso fralda descartável ou fralda de pano? Faço cama compartilhada ou coloco o bebê para dormir no bercinho dele? 

Essas são apenas alguns dos milhares de questionamento que fazemos, e essas são apenas as primeiras dúvidas que temos... costumo brincar dizendo que cada fase da vida dos nossos filhos e como um jogo de vídeo game, cada fase conquistada vai ficando mais difícil! rsrs

E são essas dúvidas, inseguranças, palpites que dão força para a culpa materna.

Então como podemos se livrar delas, ou pelo menos minimizá-las?

10 Dicas para abandonar as culpas maternas


1. Se conheça, conheça suas habilidades e também suas limitações;



2. Conheça seu filho (a);


3. Respeite seu momento, cada fase é uma fase diferente;


4. Procure não dar ouvido aos palpiteiros, acredite, eles não sabem o que é ser você, e ou mãe do seus filho(a);


5. Informações sempre ajudam, estude e se embase sobre os temas que não se sente segura;


6. Siga sempre seu coração;


7. Permita-se errar, são esses erros que fazem com que chegue ao acerto;


8. Chore quando precisar chorar, mas não fique triste por muito tempo;


9. Esteja bem, descanse sempre que puder, seu filho estará feliz ao perceber que você também está;


10. Abrace seu filho pois ele sempre saberá que em cada decisão que tome é por amor incondicional a ele!

A culpa que sentimos quando nos tornamos mães não trás coisas positivas. Se fizer algo que julgue errado, reflita sobre o que aconteceu e entenda que não somos seres perfeitos e estamos em constante evolução e que esses "erros" são fundamentais para nosso crescimento pessoal. Livre-se da culpa e coloque no lugar dela muita atitude e perseverança para dar sempre o seu melhor em cada momento da sua vida!

Sinta-se abraçada por uma mãe que também já se culpou muito, mas que hoje se culpa muito menos e que se sente melhor por ter dado esse passo tão importante na vida!


Culpe-se menos e ame cada vez mais!!


Por Priscila Camacho.

   

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Mestre Cuquinhas na Cozinha... Nhoque de Batata Doce

E os mestres cuquinhas se aventuraram novamente... Desta vez testamos a receita de Nhoque de bata doce e ficou DELICIOSO!!!



Então vamos a receita

Vamos Precisar De:

  • 1kg de Batata Doce
  • 2 ovos
  • Farinha de Trigo


Como Iremos Preparar:



  • Cozinhe a bata doce até ficar bem molinha;
  • Amasse com o garfo ou com espremedor;
  • Acrescente o ovo e misture bem;
  • Em seguida coloque a farinha aos poucos e misture bem até que a massa solte das suas mãos; 
  • Com a massa pronta, pegue um punhado de massa e enrola no formato de tubo com mais ou menos 1 cm de diâmetro;
  • corte a massa do tamanho que desejar;
  • reserve;
  • coloque a aguá para ferver com uma colher de sopa de óleo e sal a gosto;
  • Assim que a água ferver, coloque aos poucos os cubinhos de nhoque dentro da panela;
  • Deixe-os cozinhar até que eles flutuem na superfície;
  • Após o cozimento escorra e acomode-os em um refratário; 
  • Acrescente o molho de sua preferencia. 

Obs: Caso queira gratinar ao forno, unte o refratário,acomode os cubinhos de nhoque, coloque o molho por cima e finalize com queijo ralado ou fatias de queijo.

E agora é só aproveitar esse momento gostoso em família!!!

Confiram todas as fotos desse momento no Instagram...

Um Pouquinho mais desse momento:











quinta-feira, 8 de março de 2018

7 Dicas Para Noites Mais Tranquilas

A hora de dormir para muitas crianças é um momento muito difícil, normalmente eles relutam para não dormirem. E nós como mães e pais, também sofremos e não compreendemos como nossos filhos aparentemente não estão cansados depois de um dia inteiro cheio de novidades e atividades diferentes. 

O nosso dia ainda continua mesmo depois que conseguimos colocá-los na cama e se esse momento fosse tranquilo, poderíamos ter um tempinho a mais de qualidade para nós. 

Então vamos as dicas que preparei hoje para vocês!


7 Dicas para noites mais tranquilas



  1.  Banho: Esse momento não serve só para tirar as caracas após um dia de muitas brincadeiras rsrsrs ele serve também para trazer um momento de acolhimento e calma. Esse é o primeiro sinal que daremos ao nosso bebê ou criança que o dia está chegando ao fim e que é hora de relaxar! 
  2. Hora de colocar o ambiente para dormir: O ambiente precisa estar calmo e tranquilo, com pouca iluminação, com televisões, rádios e outros meios de estímulos desligados. 
  3. Historinha: Esse momento além de contribuir para que o soninho chegue é também muito apreciado pelas crianças, além de estimular o hábito e prazer pela leitura. 
  4. Shantala (massagem): A Shantala é uma técnica de troca de amor, afeto e carinho através da massagem entre mãe e filho, esse momento trás muitos benefícios para os dois, além de propiciar uma noite tranquila de sono. 
  5. Aromaterapia: A aromaterapia é uma terapia de natureza holística, que busca obter de forma integrada o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual através do uso de óleos essenciais. Ela é feita de forma personalizada ou não por uma terapeuta e seus benefícios também é perceptível nas noites de sono do bebê e criança. Ela pode ser utilizada durante a Shantala.
  6. Momento de conversar com Deus: Independente da religião esse é um dos momentos mais especiais da noite, da forma que acharem melhor estimule seu filho a conversar com Deus agradecendo sempre pelo dia que tiveram.
  7. Meditação: existe muitas meditações guiadas para crianças e essa técnica funciona muito bem antes de dormir. Indico que seja feita quando a criança e ou bebê já estiver deitado e pronto para dormir. Por aqui usamos essa meditação
     

Espero que essas dicas também ajudem a todos vocês que sonham com noites mais tranquilas de sono para os seus filhos!!!

Texto Por: Priscila Camacho

Fotos (1, 2, 4, 5 e 8): Monik Moreth Fotografia

Aromaterapia: Priscila Camacho

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Mestre Cuquinhas Na Cozinha... Receita de Pão de Amêndoas sem glúten e Lactose






Hoje é dia de postar mais uma receitinha deliciosa que testamos...veja os vídeos e fotos 
Além de muito gostoso esse pãozinho é super saudável e nutritivo! 


O Que Iremos Precisar?

1 e 1/2 Xícara de farinha de amêndoas (para obter essa farinha, basta bater as amêndoas no liquidificador e reservar)

3/4 Xícara de polvilho doce

1/4 Xícara de farinha de linhaça dourada

1 Colher de chá rasa de sal

1 Colher de chá de açúcar mascavo

1 Colher de sopa de fermento biológico (aquele seco para pães, não é o branquinho para bolo)

4 Ovos 


Como Iremos Preparar? 

Misture todos os ingredientes secos e reserve.

Bata bem os ovos, no liquidificador ou com um fuet, e então adicione aos ingredientes secos e incorpore bem.

Acomode sua massa em uma forma de pão untada, cubra com um paninho limpo e deixe a massa descansar e crescer.

Depois do pão crescido, asse por 5 minutos em fogo alto e depois abaixe até 180 - 200 graus e asse por mais 30 - 40 minutos.

Agora é só saborear essa delícia de receita do Nosso Cantinho!!!

Depois comente aqui o que acharam...



quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Aprender é Natural!

O que é o método Natural de ensino?

Nesse método de ensino, o aluno é o foco principal dentro da aprendizagem. Sabemos que a criança é um ser integral, em que desempenha papéis diferentes na sociedade e que precisa estar inserido de forma que se torne um indivíduo crítico e democrático. 

Além disso o professor é visto como um facilitador e não um impositor, já que não traz em suas abordagens teorias finalizadas, pois disponibiliza a discussão sobre seus saberes e também os saberes dos alunos para que juntos possam construir e reconstruir conhecimentos. 


No método Natural a criança é respeitada em sua individualidade e tudo é facilitado a partir de sua curiosidade e dos estímulos vivenciados na escola. 

Onde os adultos veriam uma simples brincadeira com blocos de montar, o método Natural enxerga muitas aprendizagens inseridas nesse ato tão comum do dia a dia deles, como por exemplo: aprendem a identificar a diferença de grande e pequeno, largo e fino, alto e baixo, além de desenvolverem a coordenação motora.


Todo o ambiente é diferenciado, os objetos de estímulo estão ao seu alcance. Os móveis, cestos de brinquedos, cantinho da leitura, instrumentos musicais, estão a disposição da criança. Mesas e cadeiras são posicionadas em forma circular onde todos possam estar inseridos no mesmo contexto. 


Além de ser valorizado o contato com a natureza, com os animais, onde as crianças possam ser de fato crianças e terem espaço para correr, pular, brincar e também onde estão o tempo todo interagindo socialmente, assim ela terá uma aprendizagem real e integral. 


"O método natural busca promover um clima de interação afetivo-social, que é essencial ao estímulo do desenvolvimento de cada um e de todos. Dessa forma, a arte é compreendida como um meio de educar de forma integral, saudável e harmoniosa, valorizando sempre a criatividade e a livre expressão."


A criança não só aprende de forma natural questão importantes como também aprende a ser autônoma, crítica, democrática e afetiva, o que ao meu ver, são bases importantíssimas para a formação do Ser integral. 

"Gilda Rizzo, em seu artigo Alfabetização Natural (1988), nos ensina que: A Escola Natural é uma escolha inteligente de pais que acreditam que seu filho saia mais fortalecido e seguro pela apropriação do conhecimento construído por ele mesmo, do que se tivesse apenas memorizado e tem certeza que a democracia, assim como delicadeza, não se aprende decorando frases copiadas do quadro de giz, mas sim aprende vivendo democraticamente. São pais que desejam construir uma sociedade futura efetivamente democrática composta por cidadãos democráticos, seus filhos, criados em regime democrático, dentro de sua sala, dentro do espaço escolar, inseridos no seu grupo. Pais que esperam isso da educação de seus filhos. (RIZZO, 1988, p. 24)"


Para fins de conhecimento e comparação, gostaria de abordar o exemplo da Finlândia, um países que até a década de XX tinham um dos piores resultados na área da educação, mas para a surpresa dos próprios Finlandeses, em 2001 eles assumiram o primeiro lugar no ranking mundial nos domínios acadêmicos do PISA ( sigla em inglês que significa Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), e até os dias atuais permanece entre os destaques membros do clube.

E o que isso teria a ver com a Metodologia Natural? 

Através da pesquisa que fiz em alguns artigos e matérias, percebi que o modelo que os Finlandeses adotaram e que foi o pontapé inicial para tais mudanças, são os mesmos contidos no Método Natural... 

Dois Paradoxos do Modelo de Educação da Finlândia: 

Paradoxo 1: Os alunos aprendem mais quando os professores ensinam menos

Trata-se, à primeira vista, de um enigma digno da Esfinge de Tebas: os finlandeses estão fazendo exatamente o contrário do que o resto do mundo faz na eterna busca por melhores resultados escolares – e está dando certo. O aparentemente ensandecido receituário finlandês inclui reduzir o número de horas de aula, e limitar testes e provas escolares a um mínimo tolerável. 

Na lógica do modelo finlandês, o papel central da educação pública não é criar indivíduos robotizados, e sim educar cidadãos dotados de espírito crítico e capazes de pensar de forma independente. 

Paradoxo 2: Os alunos aprendem mais quando têm menos provas e testes

Seu sistema educacional não acredita na eficácia de uma alta frequência de provas e testes, que por isso são aplicados com pouca regularidade. Apesar disso, a Finlândia brilha nos rankings globais de educação, ao lado dos países com melhor desempenho escolar do mundo. 

A filosofia finlandesa é de que o foco principal dos professores deve ser ajudar os alunos a aprender sem ansiedade, a criar e a desenvolver a curiosidade natural, e não simplesmente a passar em provas. 

No modelo finlandês os alunos são preparados pela escola para atuar de acordo com suas necessidades na vida real e não para atender ao que uma banca internacional entende como sendo necessário para os jovens em determinada faixa etária. 


"Para entender como os finlandeses abordam a educação, é importante mudar o nosso vocabulário desde o início: os professores na Finlândia nos corrigiriam se disséssemos que “ensinamos nossos alunos a resolver problemas” ou “os estudantes aprenderam muito de mim na aula”. Aqui começa uma significativa mudança de paradigma: a palavra “professor” (e seu equivalente em inglês e em finlandês) oculta uma referência a um ato quase impositivo, como aquele que “professa” unilateralmente; por isso, já fora substituída (principalmente em países de influência anglófona) por “facilitador”. As escolas finlandesas depuraram essa nomenclatura ainda mais e denominam seus docentes “conselheiros” ou “coaches” (líderes)."

A Finlândia ostenta, no século XXI, um dos melhores índices de desenvolvimento humano (IDH), de acordo com levantamentos feitos pela ONU.

Relatórios do PISA indicam que apenas 7% dos alunos finlandeses sentem-se ansiosos ao estudar matemática. Já no rígido sistema de ensino do Japão, que ostenta altos níveis de desempenho escolar enquanto registra recordes de suicídio entre estudantes, esse índice chega a 52%.

Além das questões abordadas a respeito do modelo de educação na Finlândia, o espaço físico também é algo voltado para a criança e para o estudante, oferecendo um ambiente acolhedor e confortável, facilitando o estímulo as aprendizagens necessárias à cada faixa etária. 


"Emília Ferreiro, que foi aluna de Piaget, ampliou a teoria para o campo de escrita e leitura e concluiu que a criança pode se alfabetizar sozinha, desde que o ambiente seja estimulante para o contato com letras e textos."

A criança que cresce dentro de um ambiente acolhedor e sabe que é parte integrante de todo o contexto escolar, e que suas inquietações e curiosidades serão trabalhadas de forma lúdica e agradável com certeza terá mais chances de adquirir conhecimentos mais específicos e complexos no futuro. 

Assim poderá será autor de toda a sua trajetória de forma consciente, sabendo respeitar o próximo e também conhecendo bem os seus diretos e deveres.











      


Priscila Camacho